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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Airbag e limitador de velocidade

Do site do jornal Zero Hora:
O projeto que prevê a instalação obrigatória de limitador de velocidade para motocicletas e motonetas, independentemente da cilindrada, para que não ultrapassem os 110 km/h, foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), nesta quarta-feira, 4. A matéria segue direto para a Câmara, caso não haja recurso para votação em Plenário.
Condutores e passageiros de motocicletas no Brasil podem ser obrigados a usar colete ou jaqueta com airbag. Um substitutivo da senadora Ana Amélia (PP-RS) ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 404/2012 com a previsão foi aprovado nesta quarta-feira, 3, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. A proposta ainda deve passar por pelo menos outras duas comissões na Casa e, se aprovada, segue para a Câmara dos Deputados.
O texto aprovado pela CAS estabelece que os motociclistas terão prazo de três anos para adaptação do colete com airbag. A proposta também altera a Lei dos Motoboys (Lei 12.009/2009) para obrigar o uso de dispositivos retrorreflexivos nas roupas. O vestuário de segurança deverá ser dado aos motoboys pelas empresas ou pessoa que empregar ou contratar o condutor, quando o motociclista trabalhar como autônomo.
Além do colete airbag, também constam como itens obrigatórios capacete, botas, luvas e vestimenta que cubra todo o corpo. O texto também altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) - Lei 9.503/1997 - para determinar que a não utilização desses equipamentos de segurança, tanto pelo motociclista quanto pelo passageiro, seja considerada infração gravíssima.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) manteve no substitutivo a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Importação para os coletes e partes acessórias, mas retirou do texto final a exclusão do pagamento do PIS/Pasep e do Financiamento da Seguridade Social (Cofins), como queria o autor do projeto original, senador Humberto Costa (PT-PE).

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  Na minha opinião, concordo que o país precisa de mais leis e regulamentação para o serviços profissional de motoboy, porém obrigar todos os condutores e passageiros a usarem vestuário padrão já é algo desnecessário.
  Outra observação é o uso de colete/jaqueta com airbag, já que querem obrigar a pilotagem de moto com o uso de airbag, por qual motivo penalizar o usuário final com o custo?
  A respeito do limitador de velocidade, na minha opinião é pertinente, pois assim reduziriam os excessos.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Para sorrirmos um pouco

Em uma cidadezinha do interior havia uma figueira
carregada dentro do cemitério.
Dois motoboys decidiram entrar lá à noite (quando não havia
vigilância) e pegar todos os figos.
Eles pularam o muro, subiram na árvore com as sacolas
penduradas no ombro e começaram a distribuir o ’prêmio’.


- Um pra mim, um pra você.
- Um pra mim, um pra você.
De repente um falou pro outro:
– Pô! meu, você deixou cair dois do lado de fora do muro!

– Não faz mal, depois que a gente terminar aqui pega os de fora.
– Então tá bom, mas um pra mim, um pra você.
Um bêbado, passando do lado de fora do cemitério, escutou esse negócio de
‘um pra mim e um pra você’ e saiu correndo para a delegacia.

Chegando lá, virou para o policial:
– Seu guarda, vem comigo! Deus e o diabo estão no cemitério dividindo as almas dos mortos!
– Ah, cala a boca bêbado.

- Juro que é verdade,
vem comigo.

Os dois foram até o cemitério, chegaram perto do muro e começaram a escutar…

- Um para mim, um para você.

O guarda assustado:
- É verdade! É o dia do Apocalipse! Eles estão dividindo as almas dos mortos!
O que será que vai acontecer depois?

E continuaram a escutar:
- Um para mim, um para você.
De repente ouviram um dizer:
-Pronto, acabamos aqui dentro…
-Agora a gente vai lá fora e pega os dois que estão do outro lado do muro…

-Cooooorreeeee!!!!!

fonte: Motoboys do Brasil

domingo, 10 de novembro de 2013

3 abordagens sobre os motoboys

   Boa tarde caros (a) leitores (a), estou a muito tempo sem postar no blog, pois há muito eu não lia nada além de acidentes envolvendo os colegas ou criminosos travestidos de motoboy, que a imprensa insiste em chamar de "Motoboy" e não de "Criminoso, disfarçado de motoboy".
   Porém nesta semana, daus abordagens diferentes para a nossa profissão me chamaram a atenção, pela diferença do assunto entre elas.
  A primeira fala sobre a adequação à nova lei dos motoboys "Seis meses depois da entrada em vigor da nova lei, a maioria das prefeituras do RS ainda não regulamentou a profissão dos motoboys e mototaxistas. A legislação definiu as regras e normas de segurança para o exercício dessas atividades e quem descumpri-las corre o risco de ser multado e ter a motocicleta apreendida." a reportagem ainda cita que "...250 mil profissionais integram a categoria no estado. Desses, a grande maioria está trabalhando em situação irregular. Mesmo que queiram, os motociclistas não conseguem cumprir todas as exigências da nova legislação." (fonte: G1).
  A segunda reportagem fala sobre o mesmo baú transportar material biológico e comida, mas não encontrei nenhuma sugestão de melhora, a não ser uma entrevista com um suposto motoboy que não quis se identificar "Um motofretista, que pediu para não ser identificado, trabalha durante o dia para diversos laboratórios transportando materiais biológicos, como sangue e urina coletados. À noite, ele faz entregas para clientes de um restaurante. Para isso, ele usa um baú diferente, mas alega que muitos colegas não têm o mesmo cuidado.
"A grande maioria. Muitas vezes porque os colegas saem atrasados para o trabalho e ficam com o mesmo baú. Mas não dá nada. Ninguém precisa saber o que a gente carrega aí dentro", disse o motoboy, que admitiu saber de casos onde houve o vazamento até de urina dentro do baú onde eram transportados alimentos." (fonte: G1)
  O que me chama a atenção é o fato de em nenhuma delas, foram ouvidas as opiniões de motoboys envolvidos nas situações.
 Bom devo estar muito exigente ...

Empresa usava moto roubada

  Boa tarde leitores e leitoras deste modesto blog, fiquei um bom tempo sem fazer qualquer postagem aqui, pois não vi nenhum assunto do qual já não houvesse uma postagem aqui.
  Porém hoje a tarde estava vasculhando a internet, descobri que em Cuiabá um motoboy que estava trabalhando com a MOTO DA EMPRESA foi preso pois a moto havia sido roubada.
"O motoboy M.R.C., 21 anos, foi preso quando pilotava uma motocicleta Honda 150 Titan cinza pelas ruas do bairro Jardim Passaredo, em Cuiabá.
Numa abordagem de rotina, policiais militares descobriram que a moto tinha sido roubada no início do mês em Rondonópolis (cidade a 210 quilômetros ao sul de Cuiabá)." Midia news
 A reportagem ainda menciona que "o veículo é da empresa onde trabalha e a documentação está em nome do filho da proprietária.".
  Bem colegas, cuidados e mais cuidados até quando trabalhamos com as motos das empresas...

sexta-feira, 8 de março de 2013

Financiamento para motoboy

"Os motofretistas que trabalham em Pernambuco vão poder contar com um financiamento especial para se adequar à decisão do Conselho Nacional de Trânsito que estabelece novas exigências de segurança. As normas serão obrigatórias a partir de abril. Eles também terão que fazer um curso sobre direção defensiva.
Para ajudar os motoboys a comprar esses equipamentos, o Governo do Estado liberou pela Agência de Fomento de Pernambuco (Agefepe) uma linha de crédito especial. Para os equipamentos de proteção, os motoboys poderão pegar emprestados R$ 1 mil. Os entregadores de água e botijões de gás poderão pegar até R$ 5 mil para comprar o semirreboque. Nos dois casos o valor pode ser dividido em 12 vezes e a taxa de juros é de 0,65% ao mês."
Para ter acesso a esse empréstimo, o motoboy tem que estar com o nome limpo no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e o CPF regularizado na Receita Federal. A documentação da moto também deve estar em dia no Detran. Outra exigência é a comprovação de que a pessoa que está pedindo o empréstimo é mesmo motoboy.

Fonte: G1
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  Porém para fazer esse financiamento especial, o motoboy deve estar em dia com o seu CPF e com o nome limpo no SPC/SERASA.
  Ainda não é em todo o Brasil, mas pelo menos há algum lugar que está oferecendo uma via de escape para que os profissionais possam se regularizar.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Apenas 3% dos motoboys gauchos fizeram o curso

Se todos os motoboys que não têm o curso obrigatório para exercer a atividade no Rio Grande do Sul deixassem de circular, de cada 100 telentregas, só três chegariam ao destino.

Dos 250 mil profissionais que compõem a categoria no Estado, conforme o Sindicato dos Motoboys (Sindimoto), apenas 8 mil têm na carteira de habilitação o registro que passou a ser cobrado em 2 de fevereiro, após três anos de sucessivas protelações.
Fonte: Zero Hora

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Nova lei - novamente

  Bom dia colegas de profissão.
  Nesses dias que antecedem a entrada em vigência da "lei dos motoboys", se ela não for adiada novamente, estou lendo diversas reportagens sobre o assunto, descobri inclusive que no RJ ainda não há quem ofereça o curso "O Detran do Rio ainda não credenciou as instituições para ministrar as 30 horas de aulas.", já em Maringá "A menos de um mês para a Regulamentação 356 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) entrar em vigor, apenas 23 dos cerca de 300 motoboys e mototaxistas de Maringá, ou seja, 7,6% do total, fizeram o curso para o cadastro que será exigido. O prazo inicial terminava em agosto do ano passado, mas foi adiado para 12 de fevereiro deste ano. Os dados são da Secretaria dos Transportes e Segurança.", porém mesmo após o dia 12/02/2013 as autoridades de Maringá ainda não aplicarão multas.
  O que eu posso perceber é que pelo país ainda não há uma definição clara sobre como cobrar dos profissionais que a nova lei seja seguida, não há ainda cursos disponíveis.
"Obrigar os mototaxistas e motofretistas a frequentar aulas específicas, como parte da regulamentação para a profissão, esbarra num grande problema: os tais cursos não existem. No Rio, há raras opções de cursos de pilotagem — como as que a Federação de Moto Clubes do Estado do Rio de Janeiro vez por outra oferece. Em São Paulo, há um pouco mais de opções, mas quase todas são ministradas por empresas particulares e voltadas, majoritariamente, para motocicletas de média e alta cilindrada. As exceções são os cursos de pilotagem oferecidos no Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH), em Indaiatuba, no interior paulista (há um outro, um pouco menor, em Recife, Pernambuco). A fabricante de motocicletas mantém lá uma base com ótima infraestrutura, onde oferece cursos de pilotagem de diversos níveis, ministrados por uma equipe capacitada. A área também é cedida gratuitamente para as moto-escolas da região.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/cursos-para-motoboys-sao-raros-no-pais-5689629#ixzz2InRJTIi0
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Nova lei dos motoboys

  Buenas colegas de profissão.
  Novamente volto a falar sobre a nova lei dos motoboys, que se não for empurrada com a barriga deve entrar em vigor no próximo fevereiro " Conselho Nacional de Trânsito (Contran) anunciou na noite desta quinta-feira (2) que motoboys e mototaxistas terão até fevereiro de 2013 para fazer o curso de capacitação que será obrigatório para exercer a profissão." (G1)
  Não sei como está no resto do Brasil, mas na minha região (sou de Alvorada, ao lado de Porto Alegre), está rolando "à boca pequena" que essa lei será cobrada com rigor, ou seja, quem não estiver pelo menos com a placa vermelha, antena corta pipa, colete e as faixas refletivas no baú além do curso, pelo menos "em curso" será tirado de circulação.
  Sinceramente, acredito que um dos efeitos dessa nova lei, caso ela vingue, será a diminuição dos picaretas e amadores, além dos criminosos que utilizam a nossa profissão para fazer coisa ruim com as pessoas.
  Nossa profissão ainda hoje não é respeitada, pois ainda há no nosso meio, aproveitadores que não são sérios, não respeitam a profissão, os colegas e nem os clientes. Esses aproveitadores, além de dificultar o exercício da profissão, acabam baixando o valor cobrado.
  Claro que não podemos ficar apenas sendo recebedores de obrigações, precisamos lutar para ter direitos, como por exemplo, o de comprar moto já pronta, com todos os acessórios e desconto de impostos direto das concessionárias.
  Estou gastando, já me enterrei num financiamento para compra de uma moto nova, estou correndo atrás para emplacá-la com placa vermelha, sei que provavelmente terei que gastar muito mais, mas é o preço que se paga quando o mercado está sendo regulamentado.
  Falei de um monte de coisas, mas tudo o que quero falar na verdade é, acredito que vai valer a pena a lei pegar, principalmente o fato da cobrança do curso, equipamento na moto e placa vermelha, retirando das ruas os que estiverem desconforme.
   Acho que umas das consequencias da nova lei, será a falta de mão-de-obra no mercado e consequentemente uma elevação do valor da banda, que aqui na região de Porto Alegre está entre R$7,00 e R$8,00 de saída.
  

LEI 12009
Vistoria de motofrete vai até dia 18 deste mês em Dourados

Assaltam motoboy até na chuva

G1 - Motoboy estaciona para colocar capa de chuva e é assaltado em Piracicaba

sábado, 12 de janeiro de 2013

Clientes ...

O que um motoboy faz é prestar serviço,  que é algo que não pode ser estocad.
Digo isso, pois perece que algumas pessoas acham que podem deixar de ser clientes dominicais e voltar a ser a qualquer momento, acham que vamos ficar sentados esperando!
Estou desabafando, pois o mercado precisa entender que logística (sim, serviço de motoboy É LOGÍSTICA) precisa de informação!

Nova lei

Boa tarde motoboys e motogirls!
Já foram fazer o curso que estão nos exigindo?
E a placa vermelha?  Já colocaram nas motos?
Eu tentei, aliás estou tentando, porém a prefeitura da minha cidade não emite a autorização necessária.
Só espero que após esse caminhão de exigência, nos deêm ao menos o desconto na compra de motos!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Até que enfim ! ! !

  Até que enfim, o congresso nacional começa a se mexer para que sejam garantidos os mesmos direitos aos motoboys e mototaxistas, que tem os demais profissionais do trânsito.

"A Câmara analisa o Projeto de Lei 4430/12, do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), que isenta do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF) a aquisição de motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de passageiros.
Para adquirir os veículos sem cobrança dos impostos, o motorista profissional deverá ser autorizado pelo poder concedente para o transporte de passageiros, nos termos da Lei 12.009/09, que regulamenta o exercício da atividade de mototaxi e motoboy. " Fonte (24 horas news)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Crônica

Estava lendo uma crônica sobre um motoboy, vou reproduzi-la aqui.

Por Vicentônio Silva
www.vicentonio.blogspot.com


Equivoca-se quem pensa que a vida de motoboy é uma mamata. Acorda-se cedo, dorme-se tarde, come-se mal, torra-se no calor, tirita no frio, sem tempo de curtir os amigos, a família e os jogos de futebol, sem previdência social, sem férias, sem décimo terceiro salário, sem feriados, dias mais alegres financeiramente, outros menos extasiantes, contudo, um consenso: quem vira motoboy possui mil e uma aventuras!

A mais recente delas aconteceu aqui mesmo, em Presidente Prudente, quando o rapaz de dezenove anos, trabalhando há dois dias numa dessas agências, recebeu a incumbência de entregar a passageira – acabara de chegar de Campo Grande e levava incômoda bolsa de viagem – à saída para Martinópolis. Convenhamos que o trajeto – entre a rodoviária e a saída da cidade – nem é tão comprido. O motociclista, equilibrando-se como dava e limitando-se a quarenta quilômetros por hora, parou à calçada da cliente pouco menos de dez minutos depois. Domingo à tarde, cidade morta, trânsito livre.

Embolsaria os seis reais da corrida – e, dando sorte, mais dois ou três pelo desvelo em transportar cuidadosamente e sem reclamar a bolsa de viagem – quando a mulher, destrancando o portão e puxando a bagagem, informou que o dinheiro o esperava dentro de casa. Antes de entrar, um banho. Ele, não ela.

O rapaz arregalou os olhos, imaginou tratar-se de piada. Diante da exigência, incrédulo e necessitado do emprego, atravessou exatos vinte e sete quarteirões até chegar em casa, ligar o chuveiro, ensaboar-se, colocar xampu, mais uma chuveirada, enxugar-se, pentear o cabelo e, aproveitando que já estava em casa, trocar cueca, meias, sapatos e camisa.

Retomou os vinte e sete quarteirões, dedo no interfone. A passageira olhou-o pela câmera, abriu a porta, destrancou o portão, convidava-o a entrar na casa a fim de pegar os seis reais da corrida quando perguntou se tinha mentido: realmente tomara banho? Ele confirmou a higienização, camisa limpa, cabelo ainda molhado. Alegando a péssima qualidade do xampu e o enjôo causado pelo produto, exigiu novo banho sem xampu.

- Sou cliente antiga! Quando voltar, nem precisa tocar o interfone. Entre direto, sente-se e me aguarde. Sarei do banho em seguida.

Claramente qualquer pessoa dotada de discernimento mediano a mandaria ao quinto dos infernos, montaria na moto e aproveitaria o domingo ou aguardaria o chamado de novo cliente. Ele optou por refazer o trajeto de vinte e sete quarteirões, esfregar bem a cabeça, enxugá-la e, ainda por cima, pegar o secador da irmã.

De volta à rua, carro com três rapazes visivelmente embriagados avançou o sinal vermelho, rolou na curva sinuosa, subiu abruptamente na calçada, desapareceu em zigue-zague. Lembrou-se das recomendações do chefe: todo cuidado é pouco! Carro maluco, motorista embriagado? Mantenha distância.

Parou no posto de combustíveis, vinte reais de gasolina. Óleo da moto, água nas rodas. Retomou o trajeto e, mais uma vez, parou na frente da casa da cliente que, sem cerimônia, deixara o portão destrancado. Avançou cuidadosamente, abriu a porta da sala: dois jogos de sofá, um lustre aparentemente caro, um mini-bar com vinho, uísque, conhaque, taças pequenas, médias e grandes, balde e apanhador de gelo. Sentou-se no mais confortável, esticou as pernas na mesinha de centro, pegou o jornal ainda fechado, correu direto à página de esportes, posou de rico.

Agora, pensou satisfeito, entendia a exigência de dois banhos e a ordem de retirar o cheiro do xampu. Um ambiente daqueles não comportava imundos. Já nem se preocupava com o tempo gasto. Se estava limpo, que mal tomar uma taça de vinho depois de pegar seus seis reais? Ou ela exigiria que lavasse as mãos com sabonete francês, água mineral norueguesa e, por fim, álcool em gel do Marrocos? Secaria as mãos em toalhas irlandesas?

O telefone tocou. Retirou o aparelho do bolso: o chefe. Perguntou onde estava e, antes que explicasse o motivo da demora, cinco policiais arrombaram a porta, armas em punho. Você acha que os policiais engoliram a história dos banhos?

*Publicado originalmente na coluna Ficções, caderno Tem!, do Oeste Notícias (Presidente Prudente – SP) de 21 de setembro de 2012.
VICENTONIO REGIS DO NASCIMENTO SILVA
 
 
 

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